Estes são alguns dos principais ingredientes da fórmula campeã da França na Copa da Rússia. Mas o título talvez não fosse possível se os jogadores e a comissão técnica, ou seja, as pessoas que formam o time, não se empenhassem para demonstrar que estavam e estão prontas pra cumprir seus papéis, jogando uns pelos outros.
Isto se chama convivência. Isto se chama viver em sociedade, em comunhão, em fraternidade. Isto se chama derrubar muros e abrir todas as fronteiras, as geográficas, as do coração, as do sentimento.
A seleção francesa de futebol deu uma histórica lição ao planeta Terra. A esmagadora maioria de seus atletas é afrodescendente. São imigrantes. Diferem radicalmente do biótipo europeu, não só pela cor da pele, mas também na cultura, nos costumes, nas razões que as levam a escolher outro lugar para viver fora de seu país de origem.
Enquanto em várias regiões do universo há governos e até organizações praticando a discriminação e fechando suas fronteiras para a paz e a convivência, felizmente há outras Franças que fazem o inverso e se abrem para que os humanos sejam de fato humanos e assim vivam em paz e harmonia.
Podemos afirmar que o Brasil também faz parte desse time de nações que acreditam num mundo melhor, em que as pessoas se olhem e se vejam como são, nada além de seres humanos, com direitos iguais e sonhos em comum. É assim que se vive com grandeza.
O mundo tem espaço amplo para que todos vivam em liberdade. Incontáveis são as possibilidades de lutar pela felicidade como um bem acessível a todos. Assim será possível a qualquer povo ou nação conquistar seu título mundial, como fez a França na Rússia.
A imigração não é invasão. O mundo pertence a todos os que sabem viver nele e construí-lo como um território de todas as gentes.
Nelson Feitosa - Empresário e Radialista